O Programa PIRA e o Deep Impact

O Programa PIRA tem uma proposta efetivamente focada e aprofundada de transformação de realidades.

Nossa premissa principal é baseada no entendimento de que uma percepção ou mudança marcante de vida pode acontecer em intervenções destinadas a uma grande quantidade de pessoas, mas que ao aprofundarmos na história da vida de uma pessoa, o efeito transformacional torna-se mais impactante e duradouro.

Isso porque o momento de “insight” e de inspiração é seguido, dentro da metodologia, por todo um processo personalizado de criação e implementação prática e real de uma nova realidade, que contempla desde mudanças de pensamentos e hábitos a novas condições físicas e materiais que suportam a transformação. 

Essa premissa se alinha com a tendência global de “deep impact”, ou seja, a criação de intervenções de alto nível de profundidade, assim como sua mensuração, avaliação e comprovação das transformações positivas reais e efetivas geradas na vida das pessoas.

Esse movimento se constitiu a partir da integração de diferentes tendências: 

  • O aumento vertiginoso de processos de Avaliação de Impacto na última década, marcando uma onda subsequente ao movimento ESG (Environmental, Social, and Governance), com o objetivo de evoluir na geração de impacto positivo efetivo e reduzir a expansão de ações que, mesmo de forma não intencional, geravam fenômenos de “impact washing”, ou seja, intervenções relativamente válidas mas superficiais, limitando a geração de resultados autênticos e mensuráveis. Dessa maneira, os programas de intervenção social tem sido estimulados a adotar avaliações de impacto mais profundas e significativas.

     

  • Da mesma maneira, como toda intervenção social possui um financiamento ou investimento de apoio, dentro do campo do Impact Investing (Investimento de Impacto), metodologias como o SROI (Social Return on Investment) ganham força continuamente como ferramentas fundamentais de valoração das transformações efetivas realizadas, e também exigem assim métodos de intervenção de precisão qualitativa e poder de escalabilidade.
  • Globalmente, uma das principais tendências seguidas por organismos internacionais de desenvolvimento, como a ONU, é o movimento do “localismo” ou “glocal”, uma palavra que integra os conceitos de “global” e “local”. Estes emergem como princípios vitais de intervenção que reforçam a importância de entender e valorizar os contextos locais nas avaliações de impacto, garantindo que as estratégias e intervenções sejam pertinentes e benéficas para as comunidades específicas envolvidas.